sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A hora dos sólidos...

"Histórias da carochinha. Cantigas. Macacadas e palhaçadas. Na hora de dar a papa vale tudo para tentar convencer o bebé a comer. Mas será que vale mesmo tudo? «A hora da refeição deve ser um momento de calma e tranquilidade familiar. Já basta o stresse do dia-a-dia», refere o pediatra Mário Cordeiro em ‘O Grande Livro do Bebé’. «Devem evitar-se os rituais, como as grandes cantorias, teatros, histórias intermináveis. Palhaços é no circo.» O pediatra Paulo Oom partilha da mesma opinião: «A introdução de novos alimentos deve ser encarada como um processo natural. E deve ser divertido. Os problemas são a excepção e não a regra, pelo que a ansiedade apenas atrapalha e deve ser deixada de lado», defende.
Existem algumas regras simples a seguir na introdução dos alimentos sólidos, mas não devem ser encaradas com muita rigidez. «As razões que levam os pediatras a escalonar a ordem de introdução dos novos alimentos têm a ver, principalmente, com o seu valor nutricional, a facilidade com que a criança os pode digerir, o seu sabor mais agradável e a fraca possibilidade de desencadearem alergias», refere Paulo Oom. No entanto, outros factores como a disponibilidade de encontrar determinado alimento e o seu preço também são tidos em conta.


PAPA OU PURÉ?

Após cerca de quatro meses de alimentação apenas com leite, está na altura do bebé começar a experimentar outros alimentos, isto nos casos em que a amamentação exclusiva não se prolonga até aos seis meses, como sugere a Organização Mundial de Saúde.

A diversificação alimentar tem vários objectivos: nutricionais – para dar ao bebé a energia e os nutrientes que necessita para crescer – e de desenvolvimento, para a aquisição de competências motoras, de coordenação e atenção. A capacidade de engolir, não se engasgar ou mastigar é evolutiva e os alimentos estimulam estas funções, além de contribuírem para os estímulos gustativos, olfactivos e visuais.

«Os primeiros alimentos a incluir na nova dieta devem ser a papa de cereais, os legumes e algumas frutas», esclarece Paulo Oom. «Não há qualquer razão científi ca para que o início se dê pela papa láctea, pelo puré de legumes ou pela fruta. O que é importante é que a introdução seja gradual para que possa ser detectada qualquer reacção a um determinado alimento.» Embora se desconheça a causa do aparecimento de alergia alimentar, existem factores de risco que devem alertar para uma maior probabilidade de tal reacção acontecer. A alergologista Cristina Santa Marta enumera-os: «História familiar de alergia alimentar, história pessoal de alergia a outro alimento ou introdução precoce de alimentos potencialmente alergéneos». A especialista chama ainda a atenção para a alimentação com biberão com fórmulas lácteas nas primeiras horas de vida, promovendo depois o aleitamento materno. «Tal pode levar a manifestações de alergia a este alimento quando o mesmo é reintroduzido na alimentação do lactante, semanas ou meses mais tarde.»

As papas podem ser feitas de leite ou já terem o leite incorporado e apenas necessitarem da adição de água. «Não há razões para preferir umas ou outras», diz Paulo Oom. «Se o bebé já está a ser amamentado é mais prático escolher as farinhas lácteas às quais basta juntar água.» E atenção: «Antes dos seis meses é importante que sejam dadas ao bebé apenas papas sem glúten».

PURÉ OU SOPA?

Os legumes são introduzidos sob a forma de sopa ou puré. «Habitualmente começa-se pela batata e cenoura, sendo os outros legumes introduzidos depois em sequência», esclarece o pediatra. «A regra básica é a da introdução de um legume novo por cada quatro a seis dias.» Assim, depois de o bebé ter iniciado o puré de cenoura, pode iniciar outros legumes como o agrião, espinafre, alho francês, nabo, nabiça, alface,
abóbora, entre outros. «Não há razão para seguir alguma ordem especial.» Já as leguminosas (ervilhas, favas, feijões) e o tomate só devem ser dadas, de preferência, após a criança completar um ano, ou porque causam gases e flatulência, ou porque são ácidos. «À sopa deve ser adicionada apenas gordura vegetal (azeite) e nunca sal.»

Quanto à fruta dê preferência à maçã, pêra e banana por serem de mais fácil digestão. As duas primeiras devem ser inicialmente cozidas e depois esmagadas antes de serem oferecidas à criança. «A fruta não deve constituir, por si só, uma refeição e deve ser servida como sobremesa, após a papa láctea ou o puré de legumes», recorda o pediatra."

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Actividade...

Durante vários meses depois do bebé nascer, ele tem o reflexo de agarrar objectos na palma da mão, mas tem dificuldade em soltá-los. Esta é uma brincadeira que ajuda o bebé a ganhar completo controlo das suas mãos e do seu reflexo de agarrar.

Materiais:
- Brinquedos de tamanho médio que o bebé consiga agarrar bem, como rocas, anéis de dentição, peluches...;
- Mesa ou cadeira da papá.

Mecânica da actividade:1. Reúna vários brinquedos que caibam na palma da mão do bebé. 2. Sente o bebé no seu colo, à mesa, ou sente-o na cadeirinha da papa. 3. Coloque um brinquedo perto do bebé de forma a que ele tenha de se esticar apenas um bocadinho para o alcançar. 4. Incentive-o a pegar no brinquedo. 5. Quando o bebé segurar no brinquedo, e depois de brincar um bocadinho com ele, abra gentilmente os dedos da mão do bebé e retire o brinquedo. 6. Coloque o brinquedo na mesa. 7. Quando as mãos do bebé estiverem livres, cante esta lenga-lenga enquanto abre, fecha e bate palminhas com as mãos do bebé


Abre, Fecha
Abre, fecha, abre, fecha,
Bate palminhas!
Abre, fecha, abre, fecha,
Põe as mãozinhas no colinho! 

Segurança:  Porque durante estes meses o bebé leva todos os brinquedos à boca, certifique-se de que eles estão limpos e não têm arestas perigosas ou peças pequenas que se podem soltar e poder causar asfixia.





A nossa sala...